O homem suspeito de matar o irmão e a cunhada incendiados vivos foi indiciado por duplo homicídio qualificado e preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva, nesta quarta-feira (15). José Fernando Pereira Gonzaga, 47 anos, é suspeito de jogar querosene, atear fogo e trancar o casal, que não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
O investigado foi preso no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), da zona Sul de Teresina, por volta de 10h.
"Ele foi indiciado por duplo homicídio qualificado por ter usado meios crueis, sem chances de defesa das vítimas. Durante o interrogatório, não demonstrou arrependimento. Ele tinha entendimento do que estava fazendo. Em depoimento, relatou que o irmão o humilhava e que acabava com o carro dele. Foi um crime premeditado", disse o diretor do DHPP, delegado Francisco Costa, o Baretta.
José Fernando Pereira Gonzaga.
Após o crime, José Fernando, que teria transtornos mentais, se internou em um hospital psiquiátrico, mas já havia tido alta. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso e efetuou a prisão, havia pedido um exame de sanidade mental. Após o crime surgiram vários questionamentos sobre o suposto transtorno mental do investigado que, inclusive, tinha carteira nacional de habilitação.
"Recebemos informações preliminares que foram feitas por peritos não-oficiais. O delegado Robert Lavor encaminhou mais ofícios para o Caps e para o hospital Areolino de Abreu. Sobre a culpabilidade, fica a cargo do juiz avaliar", complementa Baretta.
Após a prisão, o investigado foi submetido a exame de corpo de delito e encaminhado para a Central de Flagrantes de Teresina. O crime ocorreu em junho deste ano, no bairro Piçarra, na zona Sul de Teresina.
Luís Pereira Gonzaga, de 54 anos, morreu em consequência das graves queimaduras de 1º e 2º graus. Ele teve 80% do corpo queimado e veio a óbito após dois dias internado. Já sua companheira, Carla Pereira de Abreu, 25 anos, lutou quase duas semanas pela vida. Um vídeo e áudios gravados pela operadora de telemarketing revelaram que, antes de morrer, ela pediu por Justiça e disse que o marido tentou protegê-la.
O quarto em que o casal dormia foi destruído pelo fogo.
Com informações de Cidade Verde.