A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada nesta segunda-feira (18) pelo Ministério da Saúde revelou que 48,3% da população de Teresina está acima do peso. Apesar de alarmante, a taxa é a terceira menor do país atrás somente de Palmas (46,9%) e do Distrito Federal (47,6%).
Os dados revelaram também que 15% dos teresinenses foram considerados obesos (excesso de gordura no corpo), sendo também a terceira menor taxa do país.
(Foto: Ilustrativa)
Para avaliar se a pessoa tem obesidade ou excesso de peso (sobrepeso), a pesquisa se utiliza do IMC (Índice de Massa Corpórea), instrumento por meio do qual é possível classificar um indivíduo em relação ao seu peso.
Na contramão destes altos percentuais, a pesquisa revelou que o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 4,8% (de 2008 a 2017), a prática de atividade física no tempo livre aumentou 24,1% (de 2009 a 2017) e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 52,8% (de 2007 a 2017).
O consumo de refrigerantes e sucos artificiais também vem caindo ao longo dos últimos 11 anos. A queda foi de 52,8%, saindo de 30,9%, em 2007, para 14,6% no ano passado. Por faixa etária, a queda é maior (54,0%) entre os adultos com idades entre 25 e 34 anos e idosos com 65 anos e mais. As outras faixas etárias apresentaram queda em torno de 50,0%.
Outro dado positivo que o Vigitel mostra, é que o país tem desenvolvido uma mudança no consumo de frutas e hortaliças. Percebe-se que a ingestão regular (em 5 ou mais dias na semana) destes alimentos aumentou em ambos os sexos, mas o crescimento geral ainda foi menor que 5,0% no período de 2008 a 2017. Quando observado o consumo recomendado, 5 ou mais porções por dia em cinco ou mais dias da semana, houve aumento de mais de 20% entre os adultos de 18 a 24 anos e 35 a 44 anos.
Apesar desta mudança no hábito da população, os níveis de obesidade e excesso de peso ainda preocupam nos jovens. Em dez anos, houve o crescimento de 110% no número de pessoas de 18 a 24 anos que sofrem com obesidade, quase o dobro do aumento em todas as faixas etárias (60%). Nas faixas de 25 a 34 anos houve alta de 69,0%; de 35 a 44 anos (23,0%); 45 a 54 anos (14,0%); de 55 a 64 anos (16,0%); e nos idosos acima de 65 anos houve crescimento de 2,0%.
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. Assim, entre fevereiro e dezembro de 2017, foram entrevistados por telefone 53.034 pessoas.
Com informações do Ministério da Saúde