Após ter primeiro réu condenado pelo o crime de feminicídio no Piauí, já foram registrados 50 casos no estado. O crime se caracteriza o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher. Suas motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres, comuns em sociedades marcadas pela associação de papéis discriminatórios ao feminino, como é o caso brasileiro.
Os números foram levantados pela diretoria de Gestão Interna da Secretaria da Segurança Pública do Piauí que considerou o período de um ano e meio logo após a entrada em vigor da lei, o que resultará em um painel com imagens das vítimas no estado. O painel será montado no dia 11 de Agosto em Teresina com representações de 27 vítimas de feminicídio no Piauí.
Para a delegada Eugênia Villa, responsável pela diretoria da Secretaria de Segurança, ainda há dificuldades para que possa caracterizar o feminicídio nos inquéritos. “Estamos levantando dados porque não é tão simples. A gente tem de analisar inquérito por inquérito para verificar em que medida é um feminicídio”, comentou a delegada ao site G1.
“Foram 84 assassinatos de mulheres e foram 50 feminicídios e nós estamos retratando 27 a partir do estudo de inquérito por inquérito. São vivências de como foi o crime”, destacou a delegada.
Reprodução: Defensoria Pública do Estado do Pará
Nesses números, deve estar incluído a morte da estudante Iarla Lima, morta pelo ex-tenente do Exército Brasileiro, José Ricardo Silva Neto.Semana passada, ele perdeu sua patente de tenente do exército..
Além do painel, haverá também um painel eletrônico relembrando as mulheres assassinadas por razões de gênero.
*Com informações do site G1/Piauí