Wellington Dias se posiciona favorável à formação de chapa conjunta

Mas alguns membros ainda preferem que o partido lance uma chapa pura para evitar que o partido cometa o mesmo "erro" da eleição passada.

14/05/2018 - 18h04 - atualizado 15/05/2018 - 15h29

Depois de muita especulação entre a classe política piauiense em torno da forma como o Partido dos Trabalhadores iria apresentar chapa para concorrer as eleições de 2018, nesta segunda-feira (14), o governador Wellington Dias deu aval para a formação de uma chapa conjunta. 

O governador explicou sua preferência pela coligação: “Eu defendo que a gente tenha as condições de uma chapa conjunta porque ela leva em conta a regra das eleições, que considera que quando você tem o resultado uma parte dos [deputados] estaduais e federais são eleitos pelo quociente eleitoral e a outra parte, a sobra, é feita pela média, que beneficia quem tem a maior concentração de votos em uma chapa", defendeu o governador. 


(Foto: Rede Piauí de Notícias)

Nem todo mundo concorda 

No entanto, boa parte dos membros do PT, ainda resiste a ideia de uma chapa coligada. Para alguns nomes como o deputado Fábio Novo, uma coligação pode prejudicar o partido  como aconteceu na eleição de 2014: "Na eleição passada o PT fez votos suficientes para eleger 5 deputados estaduais, mas a coligação prejudicou porque se o partido tivesse saído só, teria mantido as suas 5 cadeiras. Então, a conta que vamos fazer é uma conta que seja boa para o PT", disse o deputado durante uma entrevista a Rede Piauí de Notícias no dia 27 de abril.

Ainda segundo Fábio Novo: "A minha posição hoje é de cada vez mais se trabalhar a chapa pura. Nós precisamos compreender que a partir de 2020 a legislação não vai mais permitir que partidos se coliguem para disputar eleição. Por isso, penso que a partir deste pleito os partidos já devem fazer o exercício da chapa pura”, defendeu. 

Não há nada definido

De acordo com o deputado Francisco Limma, líder do PT na Assembleia Legislativa, as decisões do partido são tomadas pela maioria, e que, apesar do governador ser o "grande líder do PT", ele não decide nada sozinho. "O governador Wellington Dias é o grande líder do PT, mas as decisões do partido são tomadas pela maioria. A opinião do governador vale, mas as decisões serão levadas em conta", disse.

Ryan Andrade