O governador Wellington Dias, reuniu-se, nesta sexta-feira (31), em Brasília, com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. No encontro trataram, entre outras pautas, sobre a possível adesão do Piauí ao programa Ciência na Escola, do Governo Federal. O objetivo da iniciativa é qualificar o ensino de temas relacionados à disciplina em escolas públicas, nos ensinos fundamental e médio. Serão disponibilizados R$ 100 milhões para instituições apresentarem projetos visando estimular essa temática nos bancos escolares.
Wellington Dias trata sobre adesão do Piauí ao programa Ciência na Escola em Brasília.
Para o secretário de Educação, Ellen Gera, que participou da reunião em Brasília, o programa é muito importante para quem faz a rede pública estadual. “Parabenizo Marcos Pontes que deu uma verdadeira aula de como está estruturado o ministério e de como está conseguindo colocar recursos, mesmo em meio a tantos cortes em despesas e investimentos, à disposição das redes para podermos desenvolver ciência e tecnologia nos nossos estados. A visão dele nos deixou entusiasmados e vamos fazer uma mobilização para que nossas escolas possam participar desse programa”, disse o gestor.
Durante o encontro, outros projetos foram discutidos. “Vamos trabalhar com força para transformar produtos regionais em geração de riquezas, mas respeitando o meio ambiente. Vamos também atuar com a profissionalização combinada com a força produtiva, as oportunidades e o potencial de cada um dos territórios. Destaco ainda o caminho traçado na área da comunicação para poder integrar satélite e fibra óptica, com o objetivo de chegar rapidamente a mais comunidades”, afirmou Wellington Dias.
Segundo o governador, ficou ainda agendada uma reunião com o Instituto do Semiárido de Campinas Grande para falar sobre os centros tecnológicos que atuam na área da dessalinização. Ele também pediu ao ministro para trabalharem juntos para que o Centro de Maricultura de Parnaíba seja ativado.
Ciência na Escola
Ciência na Escola é um programa recém-lançado pelos ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Poderão concorrer aos recursos redes de instituições que envolvam escolas, universidades, centros de ciência e espaços de desenvolvimento científico e inovação. As verbas serão distribuídas em diferentes escalas de projetos, como estadual (R$ 4 milhões), interestadual (R$ 10 milhões) e regional (R$ 20 milhões).
Os ministérios anunciaram outros projetos dentro do programa. As pastas vão ampliar a Olimpíada Nacional de Ciências, atualmente uma iniciativa do MCTIC em parceria com a Universidade Federal do Piauí. O investimento previsto é de R$ 1 milhão. A meta é ampliar o escopo da competição e chegar a 1 milhão de alunos de diferentes estados.
Entre as medidas está prevista também uma chamada pública para destinar recursos a pesquisadores com estudos relacionados ao tema, com foco no ensino de matérias dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio. O Objetivo é disseminar a prática científica e aproximar universidades, instituições científicas e tecnológicas e escolas públicas.
Os ministérios ainda vão implementar uma plataforma que ganhou o nome de “Ciência é 10”, voltada à qualificação de professores em assuntos vinculados à área. Professores poderão fazer especialização a distância em ensino de ciências. Além disso, outra plataforma foi desenvolvida pela Rede Nacional de Pesquisa para facilitar o acompanhamento das ações do conjunto do programa.