O julgamento dos acusados da morte de Emilly Caetano em uma abordagem da polícia na Zona Leste da capital inicia nesta terça-feira (10). Na primeira fase do julgamento a justiça vai definir se os dois policiais acusados vão a júri popular.
Aldo Luís e Francisco Alves, ambos da Polícia Militar, vão ser ouvidos na sessão que acontece no Fórum Criminal de Teresina. A justiça vai ouvir os pais de Emilly e testemunhas de acusação e as de defesa.
"Todo crime doloso contra a vida, a exemplo do homicídio da Emily, é de competência do Tribunal Popular do Júri. O procedimento é dividido em duas fases. A primeira fase feita por um juiz singular serve para verificar se as pessoas que estão sendo acusadas têm indícios de autoria, que as conectam as práticas dos fatos. Confirmado isso, o juiz submete os acusados à segunda fase, em que eles serão julgados pelo plenário", destacou o advogado da família, João Marcos Parente.
Familia da Emilly estava no carro quando houve os disparos (Divulgação/Arquivo Pessoal)
Entenda o caso:
No dia 25 de dezembro de 2017, a Polícia Militar do Piauí, em uma abordagem, deixou uma garota de nove anos morta e os pais feridos, na Avenida João XVIII, zona leste da capital. Os policiais militares identificados como Aldo Luís e Francisco Alves dispararam após pedirem para que o condutor do veículo, pai da criança, parar. O homem não obedeceu e seguiu em frente. Foram disparados cinco tiros, desse total, três tiros atingiram os ocupantes do veículo. No veículo estavam um casal e três filhos.
Emilly morta em uma abordagem policial em dezembro de 2017 (Divulgação/Arquivo Pessoal)
Emilly não resistiu e faleceu no Hospital de Urgência de Teresina. Os pais da vítima que estavam no veículo também foram alvejados. O pai identificado como Evandro da Costa, de 31 anos, foi atingido no pescoço e a mãe Daiane Félix, de 26 anos, atingida no braço.
Sobre o caso: