Adão é condenado a 100 anos por estupro coletivo
O homem é tido como mentor do estupro coletivo de quatro meninas que tinham entre 15 e 17 anos
O julgamento de Adão José de Sousa, de 43 anos, foi longo e se arrastou até a madrugada desta quarta-feira, 28, no Fórum de Castelo do Piauí. O homem tido como mentor do estupro coletivo de quatro meninas que tinham idade entre 15 e 17 anos, foi condenado a 100 anos e 8 meses em regime fechado.
Crédito: Wilson Filho - Cidade Verde
A decisão do júri, formado por cinco mulheres e dois homens, saiu por volta das 4 horas da madrugada e foi lida pelo juiz Leonardo Brasileiro. Adão foi denunciado pelo Ministério Público do Piauí pelos crimes de estupro qualificado, porte ilegal de arma, homicídio qualificado, corrupção de menos e associação criminosa. Durante o julgamento, Adão se disse inocente, mas o júri entendeu o contrário.
Mentor de estupro em Castelo do Piauí pede justiça
Adão chegou ao Fórum sob gritos de "justiça" e "assassino" para iniciar o julgamento. Junto com o homem, veio a testemunha de defesa, que está presa na Penitenciária Feminina em Teresina.
Ao descer do veículo, Adão proferiu as seguintes palavras: "quero justiça" e entrou no Fórum Desembargador Antônio de Freitas Resende.
Participaram da sessão alguns familiares das vítimas, o conselho de sentença, composto por sete pessoas, a testemunha de defesa e acusação, além dos advogados, promotor e o juiz Leonardo Brasileiro.
Relembre o caso
Acusado de comandar um caso de estupro coletivo em Castelo do Piauí, em 2015, e chocou o Brasil, e vitimou quatro adolescentes. Segundo a acusação, Adão e mais quatro adolescentes estupraram e torturaram as garotas no Morro do Garrote. Na época as meninas tinham entre 15 e 17, foram atiradas do alto do morro, sofrendo ferimentos graves. Uma das vítimas, Danielly Rodrigues, veio à óbito dez dias após ser internada.
Julgamento tem esquema especial de segurança
Cerca de 30 agentes policiais fizeram a segurança do local para evitar tumulto. A rua onde fica localizado o Fórum foi interdidata e veículos ficaram impedidos de circular pela via.
A imprensa e nem o público terão acesso ao julgamento. Adão foi acusado de crimes como porte ilegal de arma, estupro, homicídio e corrupção de menores.