Advogado de Saulo diz que policial colocou a vida de outras pessoas em risco ao atirar
Djalma Filho reconheceu os excessos por parte do cliente, mas disse que policial perdeu o controle.
O advogado do cantor Saulo Soares Palha Dias (Saulo Dugado) fez uma análise do incidente envolvento o seu cliente durante uma discussão numa padaria da Zona Leste de Teresina, nesta quinta-feira (17). Na ocasião, o cantor foi baleado por um policial que interviu quando Saulo discutia com funcionários do estabelecimento.
Wanderley Rodrigues da Silva. (Foto: Arquivo)
“Ninguém venha me dizer que o Saulo está absolutamente correto na forma de agir, deveria respeitar os outros. Mas, se eu sou gerente de um estabelecimento eu tenho que tentar resolver a situação. Mas, ele estava preocupado em salvar a cadeira ao invés de salvaguardar os clientes. Desde o início se faltou material na mesa, não sei exatamente o que: se palito, guardanapo, o cliente acionou a funcionária, mesmo de forma alterada, ele deveria apaziguar a questão, já que tem a máxima do cliente ter sempre razão, então ele deveria ter tentado encerrar a situação por ali. Mas, chegou o policial que deveria ter se identificado como tal, mostrando que o cliente deveria se retirar, se conter ou a polícia iria ser acionada e não gritar de longe: tu quer tomar um tiro? Isso não é forma de policial agir com atitude agressiva e perigosa", declarou o advogado do cantor, Djalma Filho.
Ainda de acordo com o advogado, o policial perdeu o controle e colocou a vida de outras pessoas em risco ao atirar: "O tiro de advertência é para o alto, porque para o chão coloca em risco todos já que ricocheteia e pode atingir uma pessoa. Isso foi mais um erro de disparo do que por competência. Se houve uma alteração entre ambos, nada invalida o primeiro momento, mas no limite do dever, ele deveria estar lá para conter e não para perder-se no controle e provocar nova desordem", disse
Nesta sexta-feira(18), o Ministério Público pediu a revogação da liberdade provisória do cabo Wanderley Rodrigues da Silva, denunciado por peculato, pelo desaparecimento de R$ 300 mil durante a a um assalto ao Banco do Nordeste, no final do ano passado em Teresina. Ele estava preso e foi solto no dia 17 de abril.