Geral Por: Thiago Andrade Repórter 30 Nov 2017 16:44 Rede Piauí de Notícias

Diferença de renda atinge regiões, gêneros, cores e escolaridades

Essas características desfavoráveis fazem com que a população precise contar com programas de transferência de renda


No ano de 2016, as pessoas encontradas na parte de 1% dos maiores rendimentos de trabalho ganhavam, em média, R$ 27.085, enquanto a metade de menor renda recebia R$ 747, em um país onde o rendimento médio por mês de todos os trabalhos foi de R$ 2.149. No mesmo, os 10% com maiores remunerações concentravam 43,4% de todas as fontes de rendas recebidas no Brasil.

Os dados, que indicam a desigualdade e a concentração de renda no Brasil, compõe o módulo Rendimento de todas as fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016, informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Do montante de rendimentos, o Sudeste, com R$ 132,7 bilhões, mostrou a maior parcela, maior inclusive à soma das demais regiões, sendo Nordeste (R$ 43,8 bilhões), Sul (R$ 43,5 bilhões), Centro-Oeste (R$ 21,8 bilhões) e Norte (R$ 13,5 bilhões).

Rendimento de todas as fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Rendimento de todas as fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Foto:Reprodução da internet.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento, Cimar Azeredo, “essa disparidade é decorrência, basicamente, da concentração de pessoas nessa região, que equivale a 42% do total”.

No total, a região Nordeste tem a população com a menor diferença (8,1 pontos percentuais) entre os rendimentos ganhos de todos os trabalhos (35,7%) e os de outras fontes (27,6%). Cimar destaca que quanto menor for a diferença entre as fontes de rendimento, pouco desenvolvida é a região: “Trata-se de uma região com mais informalidade no trabalho, o que contribui para taxas de desocupação mais elevadas. Essas características desfavoráveis fazem com que a população precise contar com programas de transferência de renda”.




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