Piauí Por: Redação Rede Piauí Repórter 27 Set 2017 09:40 Rede Piauí de Notícias

Em pleno B-R-O BRÓ teresinenses se deparam com ventos

Meteorologista explica fenômeno e revela que o mês de outubro deve ser ainda mais quente no Piauí isso por causa do contraste de temperaturas.


Em pleno B-R-O-BRÓ, os teresinenses estão se deparando com vento. Esta característica climática é mais percebida das 12h às 14h e de madrugada. O motivo é um contraste de temperaturas, em que a Terra está aquecida e ao encontrar uma atmosfera mais resfriada resulta em mudanças de pressão e vento. A informação é da meteorologista Sônia Feitosa, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR).

B R O BRÓHidratação e proteção são fundamental no período mais quente do ano (Foto/crédito: Portal O Dia)

A especialista informa que a ocorrência dos ventos existe sempre nesta época do ano e será intensificada quando as temperaturas ficarem mais elevadas, geralmente no final do mês outubro, já que o ar quente encontrará o ar frio de forma mais intensa.

Sônia diz que nesse momento, tem só um ventinho porque não tem nuvens, não está tendo essa nebulosidade; por isso, só sentimos o calor, um vento, e depois ele vai embora, revela ainda que os teresinenses perceberão que a cidade está ainda mais quente em outubro, quando as temperaturas devem variar entre 39ºC e 41ºC. Quando se fala na umidade relativa do ar, também não há mudança em comparação aos anos anteriores: serão valores inferiores a 20%, número considerado estado de alerta pela Organização Mundial de Saúde.

Sônia relata que agora em setembro, as massas mais frias, que vêm do Sul do país, enfraquecem essa massa seca que está agora. A umidade da Amazônia também é um fator que obriga essa massa ir embora e é esse afastamento que vai resultar nas primeiras chuvas.

O que contribui para queda de umidade e aumento de temperatura é a presença de uma massa de ar seca, que impede que outras massas mais frias penetrem. Essa também é a razão para não haver nuvens e, consequentemente, não ter umidade. Além disso, essa massa é quente porque nasce no continente e não no oceano.

Chuvas

No entanto, a previsão é que as chuvas iniciem no final de outubro e início de novembro, ainda que fracas, e se intensifiquem em dezembro. Segundo Sônia Feitosa, a incidência de precipitações pluviométricas vai aliviar as altas temperaturas e aumentar a umidade relativa do ar. A meteorologista também explica que, no final de novembro, os céus ficarão nublados e, em consequência disso, a sensação de calor aumentará.

Ela diz que o tempo vai ficar muito abafado por causa das chuvas e aumento da umidade. Vai aumentar a sensação de abafamento, é diferente de agora, porque agora tem muito sol incidindo. O maior calor será em outubro, com temperaturas de até 41ºC e a maior sensação de calor será em novembro, pois tem um calor úmido, os estados do Goiás, Tocantins, Mato Grosso e parte da Bahia também sofrem com o calor.

Desidratação por calor pode levar à queda de pressão

O período mais quente do ano, além de aumentar a sensação de calor, também altera a forma como o corpo humano funciona. Os maiores problemas nesta época estão relacionados à desidratação e o coração é um dos órgãos que mais sofre com o calor, uma vez que os batimentos cardíacos se aceleram e a pressão sanguínea aumenta.

A cardiologista Márcia Beatriz explica que, com a desidratação, o organismo entende que está faltando líquido no espaço intravascular e a principal consequência é aceleração dos batimentos cardíacos, resultando em taquicardia. Esse quadro pode levar à queda de pressão, conhecida como lipotimia, já que não chega a quantidade de oxigênio suficiente ao cérebro.

Outros sinais de que o organismo está sendo afetado pelo calor é o suor frio e ânsia de vômito. Além de sintomas físicos, sensações de moleza e sonolência também são presentes em períodos de grande calor. Isso acontece porque o corpo tem temperatura entre 36ºC e 37ºC, mas a temperatura externa no B-R-O-BRÓ está em torno de 40ºC. Com o aumento da temperatura no ambiente, o corpo tenta se resfriar por meio do suor e aumenta a circulação do sangue por meio de vasodilatação.

A cardiologista relata que o organismo pode superaquecer e é como se precisasse desligar as funções para manter a temperatura homeostática. O corpo já funciona em uma temperatura, mas nosso meio está mais quente e ele deixa funções mais lentas. As reações enzimáticas também ficam mais lentas.

Em dias de calor extremo, Márcia Beatriz recomenda que o ideal é usar roupas leves, fazer atividades físicas no início da manhã ou final da tarde e, principalmente, manter-se hidratado. Além de beber água, a cardiologista indica que as bebidas isotônicas são importantes no período, uma vez que elas repõem os sais minerais perdidos durante a transpiração.

atividade física(imagem: Google)



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