Escolas estaduais farão parte de pesquisa do IBGE sobre saúde escolar
A pesquisa coletará dados até o dia 30 de junho, focará em estudantes do 7° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio e será feita em 62 escolas da rede pública estadual de ensino do Piauí.
Nesta terça feira (19), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) promoveu um encontro com diretores de escola de Teresina para o lançamento da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019.
Escolas estaduais farão parte de pesquisa do IBGE sobre saúde escolar.
"Esta pesquisa, que está em sua quarta edição, começou em 2009 em parceira com os ministérios da Saúde e da Educação. A última foi realizada em 2015 e trouxe dados preocupantes como, por exemplo, o fato de que apenas um a cada quatro alunos praticava atividade física regular. Essa pesquisa vai apontar aspectos que vão desde a alimentação até a questão do bullying", destacou Leonardo Passos, chefe da Unidade Estadual do IBGE no Piauí.
A pesquisa, que irá a campo na segunda quinzena de abril e coletará dados até o dia 30 de junho, focará em estudantes do 7° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio e será feita em 62 escolas da rede pública estadual de ensino do Piauí, com o total apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
"Antigamente, nós só nos preocupávamos com a parte cognitiva, mas agora temos a necessidade de estudar a parte socioemocional. Essa será mais uma ferramenta que nos proporcionará mudar as rotas, os caminhos, para melhorar a educação no estado", afirmou o superintendente de Ensino da Seduc, Carlos Alberto Pereira.
A pesquisa será realizada utilizando um equipamento de mão semelhante a um smartphone (Dispositivo Móvel de Coleta), no qual será inserido o questionário estruturado para ser respondido diretamente pelo aluno. O responsável pela escola selecionada também responderá um questionário com informações sobre o ambiente escolar.
Os contextos social e familiar dos estudantes, seus hábitos alimentares, prática de atividade física, percepção da imagem corporal, cuidados de higiene pessoal, experimentação e consumo de cigarro, álcool e outras drogas, comportamento sexual e reprodutivo, uso de serviços de saúde, violência, segurança e acidentes entre outros são os temas abordados pela pesquisa.
"Essa pesquisa vai fazer com que os alunos realmente falem sobre e exponham suas realidades porque muitas vezes nós, enquanto educadores, não conseguimos alcançar algumas dessas crianças e adolescentes. Penso que o fato da pesquisa ser sigilosa vai fazer com que eles respondam aos tópicos com bastante sinceridade", acredita Maria de Jesus Santos, diretora da Unidade Escolar Nair Gonçalves, localizada no bairro São Pedro.
O evento contou, ainda, com a presença do Gerente Nacional da PeNSE, Dr. Marco Antônio Ratzsch Andreazzi, que apresentou a pesquisa e sua relevância para a formulação de políticas públicas na área da educação e da saúde dos estudantes brasileiros.
"O Piauí, nas pesquisas anteriores, ficou bem colocado com relação a alguns fatores de risco e é interessante que se mantenha nessa posição. A pesquisa é importante para que se entenda a tendência do que ocorre no Estado no que diz respeito a fatores de risco e de proteção à saúde e que são fundamentais para determinar a vida dessas crianças e adolescentes na fase adulta e a situação da nossa sociedade em geral", declara Andreazzi.