Ex planejou morte de namorada
Gordete afirma que o crime é rixa entre gangues
A jovem Karoline Silva, de 23 anos, que supostamente foi morta em meio a tiroteio no hospital do Promorar, na verdade teve seu assassinato planejado e por vingança.
O suspeito foi preso hoje, 14, durante uma megaoperação deflagrada pela Polícia Civil do Piauí. Gordete, como é conhecido, José Lima Chagas, namorava Karoline e não aceitava o fim do relacionamento. Ele é tido como o mandante do assassinato da jovem e teria dado como recompensa pelo o crime, a um de seus “soldados”, a arma que foi usada para matar a garota.
O delegado Lourival Neto, chefe de investigação da Delegacia de Homicídios, explicou que a vítima tinha um relacionamento com Gordete, que chegou ao fim, por supostas traições da vítima. Após o fim do relacionamento, a garota teria se envolvido com um rival de Gordete.
"Dias antes do assassinato, Gordete mandou matar a vítima que foi alvejada na perna. Com medo, a família mandou ela para o Maranhão. Ela foi morta por um 'soldado' do Gordete", explicou o delegado.
O 'soldado' de Gordete, identificado como Deivin, é apontado como autor dos disparos, mas encontra-se foragido. "Ele era uma espécie de 'faz tudo' do Gordete: dirigia, entregava drogas e matava. Ele matou Karoline e em virtude disso ganhou uma arma de fogo avaliada em cerca de R$ 4 mil", finaliza Neto.
Gordete é apontado como o principal chefe do tráfico na Vila Paraíso / Créditos: Cidade Verde
O SUSPEITO
Segundo a Polícia Civil, Gordete é o chefe do tráfico na Vila Paraíso, Zona Sul. Após investigações, ele foi preso em sua residência com uma pistola calibre .380, quatro carregadores de pistola e uma motocicleta que teria sido usada no crime.
Ao prestar depoimento, ele nega ter sido o mandante do crime. "Eu estava em casa bebendo e no outro dia de manhã soube que ela foi baleada. Ouvi dizer que quem era para morrer não era nem ela. Era um tal de Ninho. Aí é treta de gangue", declarou o suspeito.
O CASO
Karoline Santos foi morta no mês de julho deste ano próxima ao Hospital do Promorar, após sofrer quatro disparos. Ela ainda passou por cirurgia no Hospital de Urgências de Teresina, e ficou cinco dias na UTI, mas resistiu aos ferimentos e veio a óbito. O caso teve grande repercussão no Estado.