Polícia Por: Pedro H. Santiago Repórter 12 Jan 2018 19:08 Rede Piauí de Notícias

Ex-PM acusado de matar Emilly vai para presídio comum

Por conta do desligamento da corporação, Aldo não pode ser custodiado em presídio militar, vai ser encaminhado à presídio comum


O ex-policial militar Aldo Luís, acusado de matar a menina Emilly, durante uma ação  mal-sucedido a noite do dia 25 de dezembro, vai ser transferido para um presídio comum.

Francisco Alves e Aldo estão presos no presídio militar, mas como o governador assinou o decreto que desliga o segundo da corporação, a Polícia Militar não poderá mais custodiá-lo, pois está fora de sua jurisdição. 

Segundo a comunicação da Polícia Militar, o juiz da Central de Flagrantes já foi notificado, e deve ser transferido para um presídio comum.

5o Batalhão de Polícia Militar
Os dois policiais integravam a equipe do 5º Batalhão da Polícia Militar, em Teresina / Crédito: Cidade Verde

EX-POLICIAL RESPONDE PROCESSO

O ex-policial militar suspeito de atirar em Emily, de 9 anos, durante uma abordagem policial, Aldo Luís Barbosa Dornel,  já responde a outro processo judicial por lesão corporal.

Aldo foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, por ter atirado em um homem suspeito de agredir os avós no bairro Vila Uruguai, em junho de 2016.

O policial entrou na corporação em 2010, após ter sido reprovado no teste psicológico, e ter ingressado na justiça para fazer parte da Polícia Militar. 
 
Outro policial preso na presídio militar, é o cabo Francisco Alves. 

ALDO E OUTRO POLICIAL TENTOU FORJAR CRIME

O ex-policial Aldo e  Francisco Alves foram envolvidos na morte da pequena Emily, de 9 anos de idade, na última segunda, 25, teriam alterado a cena do crime com a intenção de atrapalhar o trabalho de investigação da perícia da Polícia Civil. 

Segundo o delegado Baretta, chefe de investigação da  Delegacia de Homicídios,  Aldo Luís e  Francisco Alves teriam coletado as cápsulas deflagradas da cena do crime e apresentado uma viatura que já havia sido atingida há um tempo que não corresponde com o período do acontecimento com a família. “Eles arrecadaram os estojos, mas o perito criminal ainda pegou alguns, e tentaram apresentar uma viatura com disparo antigo, para dar a entender que alguém tinha atirado contra eles”, diz o delegado Baretta.

A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva dos dois policiais militares pelos os crimes de fraude processual e homicídio doloso. O juiz da Central de Inquéritos, José Gil Barbosa, já acatou, ainda na quinta, 27, a prisão preventiva de ambos dos dois.

Os policiais foram autuados por lesão corporal grave acrescida de morte e disparo em via pública. Nenhum dos dois ainda compareceu à Delegacia de Homicídios, e por isso, o titular da delegacia fará um novo ofício solicitando ao comandante geral da Polícia Militar a presença dos suspeitos.

PM SUSPENDE PORTARIA QUE INVESTIGA CRIMES DE POLICIAIS MILITARES

O comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, informou que suspendeu a portaria que atribui à Polícia Militar as investigações de crimes cometidos por policiais militares.

A medida de suspensão da portaria, será adotada até uma avaliação da Procuradoria Geral de Justiça.
 




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