Governo anuncia projeto habitacional no Centro de Teresina para revitalizar a região

Em uma década, o Centro de Teresina perdeu cerca de 23 mil moradores, segundo levantamento da Secretaria de Administração (Sead). Apesar da infraestrutura consolidada, com acesso a serviços de educação, saúde, cultura e transporte, a região registrou aumento na vacância de imóveis, que cresce em média 5% a cada seis meses. O esvaziamento foi intensificado durante a pandemia da Covid-19.

Diante do cenário, o Governo do Estado pretende utilizar imóveis públicos desocupados como parte de uma estratégia de revitalização. O primeiro projeto será a implantação de habitação social no prédio onde funcionava o Instituto de Identificação, em frente à Praça Saraiva. O imóvel será adaptado para receber famílias da Faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida.

De acordo com o secretário da Administração, Samuel Nascimento, a proposta busca dar uso adequado a prédios públicos que estão sem função e, ao mesmo tempo, retomar a presença de moradores no Centro.

Além do novo empreendimento habitacional, a Sead mapeou 75 imóveis públicos situados na região central. Parte deles poderá ser destinada a serviços de cidadania, inovação, educação ou habitação, por meio de cessão ou reocupação.

Alguns exemplos já implantados são:

• - O prédio da rua Clodoaldo Freitas, que passou a abrigar o Espaço da Cidadania Digital, o Instituto de Cidadania Digital Félix Pacheco e o Piauí Gov Tech, voltados à integração entre governo, universidades e startups;
• - O antigo Fórum Central I, na rua Álvaro Mendes, em fase de reforma para receber a Vice-Governadoria do Estado;
• - O prédio da antiga sede da Emater, na rua Coelho Rodrigues, cedido ao Instituto Federal do Piauí (IFPI).

A estratégia, segundo o governo, é ampliar o aproveitamento de imóveis desocupados, direcionando-os a funções habitacionais e sociais, com o objetivo de estimular novamente a ocupação e circulação de pessoas no Centro de Teresina.