Homem é condenado a 18 anos após assassinar pedreiro em Campo Maior
Familiares do pedreiro morto estavam presentes no julgamento vestidos de camisetas brancas com a frase “Justiça”
Após 18 anos foragido da justiça, Cristovam José da Silva sentou no banco do réu nesta quinta-feira (30/11), no município de Campo Maior, região norte do Piauí, acusado pela morte do pedreiro Luiz Gonzaga de Sousa Pinto. O Tribunal Popular do Júri confirmou que Cristovam é culpado e determinou pena de 18 anos de prisão.
No mês de julho de 1998, no Bairro de Flores, em Campo Maior, um acidente entre duas bicicletas provocou no crime. Cristovam estava com uma faca e deu quatro golpes em Luiz Gonzaga. Depois do crime, Cristovam ficou 18 anos fugido da justiça até ser preso em 2016 na cidade de Barra do Corda-MA.
O Ministério Público alegou que Cristovam José matou a vítima por motivo fútil e procedeu com crueldade, já que teria lambido a faca depois de matar Luiz Gonzaga. A defesa, entretanto, argumentou que o acusado agiu em legítima defesa após a vítima acertar um tapa em seu rosto.
O júri determinou que Cristovam assassinou por motivo fútil e com crueldade (Foto:Meio Norte)
As duas testemunhas de acusação ouvidas na sessão do júri disseram que estavam na porta de casa quando viram o acidente e depois as facadas. “Ele tentou correr, mas tropeçou num cachorro e caiu. Foi quando o outro terminou de dar as facadas”, falou uma das testemunhas. “Ele pedia para não ser morto porque tinha filhos”, terminou.
Depois de seis horas de duração, o júri determinou que Cristovam assassinou por motivo fútil e com crueldade. A pena de 18 anos de prisão anunciada pelo juiz Múccio Miguel Meira deve ser cumprida em regime fechado. Familiares do pedreiro morto estavam presentes no julgamento vestidos de camisetas brancas com a frase “Justiça”.