Projeto Lei Maria da Penha nas Escolas se expande por todo o Piauí
A ação visa diminuir os elevados índices de violência contra a mulher por meio da educação
O projeto "Lei Maria da Penha nas Escolas: desconstruindo a violência, construindo diálogos", uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), inicia com o ciclo de implantação da nova fase do projeto nas escolas públicas piauienses. O projeto visa diminuir os elevados índices de violência contra a mulher por meio da educação, com palestras de capacitação para professores, alunos e comunidade escolar.
Iniciado em maio de 2015, o projeto atingiu cinco Gerências Regionais de Educação (GREs), 39 escolas, 601 professores e 10.503 alunos. Devido ao sucesso do projeto, em 2016 foi assinado um novo Termo de Cooperação renovando e ampliando a parceria entre a Seduc e o Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID), do MPPI.
"Mesmo com Lei Maria da Penha, índice de feminicídio chega a quase 5 mortes por 100 mil mulheres ao ano." Reprodução :Seduc
A Gerência de Inclusão e Diversidade da Seduc, através da Coordenação de Inclusão e Diversidade, está encarregada da reimplantação do projeto, em um primeiro momento nas Gerências Regionais de Educação (GREs) e em seguida nas escolas que aderiram ou venham a aderir ao mesmo.
A gerente de Inclusão e Diversidade da Seduc, Fátima Solano, explica que a partir da semana que vem as equipes da Seduc e do MPPI realizarão as capacitações nas gerências regionais e nas escolas, com diretores, coordenadores pedagógicos e professores. Esses últimos serão os disseminadores junto aos alunos.
"Esse ano, queremos ainda mais. A perspectiva é de executar os trabalhos nas escolas dos municípios jurisdicionados às GREs que fizerem adesão às propostas e dar continuidade nos trabalhos que já iniciamos aqui em Teresina", destaca a gerente.
A secretária de Educação, Rejane Dias, observa que o público final da campanha é constituído por adolescentes entre 13 e 16 anos, de modo que a consciência a sobre a importância do combate à violência contra a mulher seja desenvolvida desde cedo.
"Nosso trabalho é preventivo, então o aluno que participa desse projeto não sai mais o mesmo e esse é nosso grande objetivo. Percebemos que ele sai com um olhar diferenciado e esperamos que consiga transformar a realidade onde está inserido", finaliza a secretária.