MP recorre para aumentar pena de Allisson Wattson
A juíza Cássia Lage de Macêdo fixou pena de 17 anos, 6 meses e 15 dias de prisão em regime fechado contra Allisson Wattson.
O promotor João Benigno Filho, da 13ª Promotoria de Justiça, protocolou, nesta quarta-feira (29), recurso de apelação contra a pena estabelecida para o ex-capitão da Polícia Militar do Piauí, Allison Wattson Nascimento, condenado pelo feminicídio de Camilla Abreu.
Na madrugada do último sábado (25) o Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri condenou Allisson Wattson da Silva Nascimento por feminicídio, qualificado, crime de ocultação de cadáver e fraude processual.
A juíza Cássia Lage de Macêdo fixou pena de 17 anos, 6 meses e 15 dias de prisão em regime fechado contra Allisson Wattson. Por já está preso preventivamente desde 31 de outubro de 2017, a juíza aplicou detração penal, e a pena ficou fixada em 13 anos, 7 meses e 21 dias de reclusão.
A advogada Ravena Castro conta que a família de Camilla está indignada com a pena fixada e espera que o tempo de reclusão de Allison seja revisto. Para os familiares da estudante assassinada, a pena tinha que ser máxima.
“É incompreensível e nos causa inclusive indignação uma sentença dessa em que o Júri condena o réu em todos os termos da denúncia oferecida (homicídio qualificado por feminicídio, fraude processual e ocultação de cadáver) e a pena aplicada é a mais suave possível. Um crime brutal e repugnante como ocorreu com a Camilla merecia uma reprimenda condizente ao fato praticado. Causou frustração, revolta e tristeza em todos nós. A sociedade esperava uma resposta à altura. O réu saiu da sala do júri rindo, feliz e satisfeito com a sentença. Revoltante! Por isso vamos recorrer e esperando muito que o TJ revise e modifique esse erro de cálculo na pena e lave a honra da sociedade e da família por essa humilhação que foi essa sentença vergonhosa”, disse.
No próximo mês de outubro completa-se 4 anos da morte de Camilla. "Só que quem perdeu foi ela. Se ela estivesse viva ela estaria formada, vivendo a vida dela. Ela perdeu tudo e ele [Allisson] vai contibuar vivendo. Daqui uns dias ele sai da prisão e vai viver a vida", lamenta Jean Abreu, pai de Camilla.
Fonte: Cidade Verde.