Negros vivem, estudam e ganham menos que brancos, diz estudo
O número de desempregados no terceiro trimestre de 2017 beirava 13 milhões sendo que, desse total, aproximadamente 64% eram negros.
Pesquisas revelam que a cor da pele é componente central na composição das desigualdades no Brasil, influenciando no acesso ao emprego e a maiores níveis de desenvolvimento. No Brasil, negros vivem, estudam e ganham menos do que brancos.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o número de desempregados no terceiro trimestre de 2017 beirava 13 milhões sendo que, desse total, aproximadamente 64% eram negros.
Desigualdade racial ainda é triste realidade no Brasil. (Foto: Internet)
Em 2010, 62% da população branca com mais de 18 anos possuía o ensino fundamental completo. Na população negra, esse percentual caía para 47%.
Quando o assunto é a renda domiciliar per capita, a média da população branca era mais que o dobro da renda da população negra: 1.097,00 reais para brancos contra 508,90 para negros, segundo estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
De acordo com o levantamento, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal dos negros no Brasil tem dez anos de atraso quando comparado ao dos brancos.
Vanessa Zanella, integrante da equipe responsável pelo relatório do PNUD, destaca a importância da garantia de oportunidades para a população negra. “Desenvolvimento humano é quase um sinônimo de liberdade. Para que haja desenvolvimento humano é imprescindível que as oportunidades e capacidades existentes em uma sociedade sejam amplas, para que as pessoas possam escolher a vida que desejam ter”, disse Vanessa Zanella.
Para Vanessa, a desigualdade nas oportunidades compromete o desenvolvimento humano. O acesso mais restrito à educação e ao trabalho formal tem reflexo direto na renda e, de forma mais ampla, no nível de desenvolvimento dos negros.
Ryan Andrade, com informações do Vidas Negras