Economia Por: Teresa Albuquerque Repórter 25 Mai 2018 18:01 Rede Piauí de Notícias

Notícias falsas alimentam pânico em meio à greve de caminhoneiros

Uma corrida a supermercados e postos de gasolina acaba piorando a situação dos próprios consumidores: infla os preços e piora a escassez.


Os cinco dias consecutivos de greve de caminhoneiros não só dominaram a pauta do governo federal e da imprensa, mas também geraram notícias falsas circulando pelos grupos de WhatsApp. Tais notícias sugerem que as pessoas se previnam e estoquem comida e abasteçam os carros com urgência – o que gerou também lotação em postos.

Uma gravação falsa que circulou pelo WhatsApp sugere ser o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros. "Olá, pessoal, aqui quem fala é o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Brasil. Quero falar para vocês se prevenirem, avisem suas famílias, vão no mercado, comprem comida, abasteçam seus carros, se previnam. Vai trancar tudo. (...) A guerra está começando. Greve já", diz a gravação.

O fato é que não existe um "Sindicato dos Caminhoneiros do Brasil" e especialistas indicam que não há necessidade de estocar alimentos. De acordo com Maurício Lima, sócio-diretor da consultoria Ilos, especializada em logística e distribuição, o fornecimento tende a se normalizar rapidamente após a greve.

Ainda de acordo com ele, o fato das lojas não estocarem mais produtos gera sim uma escassez a partir das manifestações dos caminhoneiros. “Mas assim que a greve acabar, o retorno dos produtos às gôndolas também é imediato, porque não depende da indústria. O estoque já está lá", esclareceu  Maurício Lima.

O que acontece é que uma corrida a supermercados e postos de gasolina acaba piorando a situação dos próprios consumidores: infla os preços e piora a escassez, segundo o economista Otto Nogami.




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