Penitenciária de Campo Maior começa a funcionar
A unidade começou a funcionar em virtude da lotação da Central de Flagrantes em Teresina
A Penitenciária Nelson Mandela recebeu seus atuais detentos na madrugada de hoje (14). 15 presos foram levados de Teresina para o novo presídio, que fica em Campo Maior.
A secretaria de justiça do estado (SEJUS) adiantou a inauguração do presídio, que estava prevista para o começo de outubro. De acordo com nota da Sejus, a unidade começou a funcionar em virtude da lotação da Central de Flagrantes em Teresina, que tem 70 presos, quando o adequado é de somente 15.
A secretaria de justiça do estado (SEJUS) adiantou a inauguração do presídio Foto:Divulgação/Sejus
O Sindicato dos Policiais Civis do Piauí tinha informado na tarde de ontem (13) que a partir de hoje a Central de Flagrantes seria fechada e não acolheria mais presos em Teresina. Segundo o diretor jurídico do Sinpolpi, Constantino Júnior, a decisão foi tomada de os agentes penitenciários, que estão em greve, se negarem receber os presos na Casa de Custódia.
A classe dos agentes penitenciários está em greve desde a segunda-feira (11), para exigir melhores condições de trabalho. Com a greve, foram paralisados trabalhos referentes à movimentação externa dos presídios, como visitas, transporte de presos para audiências, transferências entre unidades e o recolhimento de novos presos.
A Penitenciária Nelson Mandela recebeu seus atuais detentos Foto:Divulgação/Sejus
Sendo assim, em dois dias de greve, a quantidade de detentos na Central de Flagrantes atingiu cerca de 70. Alguns deles precisaram ficar em corredores, devido à falta de espaço nas celas. Com a abertura da nova unidade prisional no município de Campo Maior, as condições na Central de Flagrantes deve ter um alívio em breve. Os presos estão sendo conduzidos para a Penitenciária Nelson Mandela no decorrer toda a manhã de hoje (14).
Agentes penitenciários continuam em greve
O presidente do Sinpoljuspi (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí) informou que a abertura da penitenciária do município Campo Maior é ilegítima, por que, já que os agentes penitenciários seguem de greve, os presos estão sob custódia de policiais militares. “Ele [Secretário Daniel de Oliveira] cometeu um atentado contra a categoria dos agentes penitenciários”, declara José Roberto Pereira.
De acordo com o sindicalista, a inauguração do presídio desse modo se torna uma pauta a mais para o movimento de greve. “Esta pauta supera em magnitude todas as que tínhamos. Por si só, é uma pauta para que o movimento perdure de forma indefinida”.
Da redação RPiauí