Polícia Por: Pedro H. Santiago Repórter 04 Mai 2018 19:51 Rede Piauí de Notícias

Presidiários devem ser divididos em penitenciárias por nível de crimes cometidos

O Estado está consultando os gestores dos presídios e agentes penitenciários antes de implementar a nova estratégia


Na última quinta-feira (03), chefes dos presídios piauienses e outros membros do sistema presidiário do Estado participaram de um encontro com a Diretoria da Inteligência da Polícia Civil para debater sobre uma distribuição de detentos por nível de crime cometido que devem ser adotadas nos presídios do Piauí.

O subsecretário da Secretaria de Justiça do Estado disse que a nova estratégia pretende seguir a política adotada no Sistema Nacional de Segurança. “Foi um evento onde nós discutimos a possível divisão dos presos por índice de periculosidade. Estamos analisando dentro do nosso contexto enquanto Estado do Piauí, se é possível fazer essa distribuição e quais unidades seriam possíveis de receber presos de alto, baixo e médio risco”, explicou.

Antes de ser implantado, o Estado está consultando os gestores dos presídios e agentes penitenciários. O trabalho ainda deve ser estendido junto ao Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.

Desde a semana passada, quatro tentativas de fuga foram abortadas no sistema prisional
Casa de Custódia / Reprodução: Meio Norte

O sistema penitenciário deve ser encarado, na visão do delagado da Polícia Civil Charles Holanda, como um local de estratégia para que se possa combater a criminalidade. “[O sistema penitenciário]... é de onde surgem a grande maioria das informações relacionadas à criminalidade [...] o sistema penitenciário em um laboratório de soluções. Conter organizações criminosas e solucionar instabilidades de segurança pública não podem ser feitas sem uma integração com o sistema prisional”, opinou o delegado.

A divisão de detentos é visto como uma medida paliativa para que não ocorra rebeliões ou outras ações de subversão. A metodologia é tida como referência em outros países, como é o caso do Canadá.

 O evento foi realizado na Academia de Formação Penitenciária (Acadepen), em uma parceria entre Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública.




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