Robert Rios é acusado de desviar milhões em compra de rádios comunicadores
Para o deputado estadual existe um equívoco do magistrado, pois a Polícia tem autonomia para aquisição de equipamentos
O juiz Antônio Gomes Machado, da 3ª Vara Federal do Piauí, tomou uma decisão que não é definitiva, mas que segundo o magistrado, tem fortes indícios de improbidade administrativa. Tudo porque no entendimento do juiz, o então secretário de segurança do Estado em 2008, e hoje deputado estadual Robert Rios, teria comprado em dezembro do mesmo ano, rádios comunicadores para a pasta da Segurança.
Na ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, o procurador da república, Israel Gonçalves, relata que o valor lesado dos cofres públicos seria de R$ 3,6 milhões, apontando irregularidades na compra dos aparelhos.
Na denúncia apresentada pelo MPF, estão incluídos além do deputado estadual, o então comandante da Polícia Militar, coronel Prado, hoje falecido, o coronel Cristino Gomes e a oficial Maria Elizete de Lima, além da empresa Motorola, que produz os rádios comunicadores.
O que diz Robert Rios
Para o deputado, há um equivoco, onde leva a crer que existiria uma perseguição, sem que ele cite nomes. "Só estou aparecendo nessa história toda devido a perseguição que sofro”, argumenta o deputado.
Rios afirma que a licitação foi feita pela Polícia Militar que tem autonomia administrativa e financeira com parecer favorável da Procuradoria Geral do Estado. "A Polícia Militar tem autonomia. Quando eu for citado mostrarei isso. A compra foi feita por uma comissão da PM. Sempre que querem me prejudicar levantam esse fato, que nada tenho a ver", finaliza Robert.