Suspeito de matar vereador e ex-chefe da Guarda de Parnaíba é preso horas após crime em Teresina

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí confirmou a prisão de F.F.O.C., suspeito de assassinar a tiros o vereador Thiciano Ribeiro e a ex-chefe da Guarda Civil Municipal de Parnaíba, Penélope de Brito, na manhã desta quarta-feira (27), no Centro de Teresina.

O acusado foi localizado no bairro Parque Piauí, zona Sul da capital, poucas horas após o crime, em uma ação conjunta entre a Polícia Civil, Polícia Militar e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da SSP, a captura ocorreu em menos de uma hora graças ao cerco realizado pelas forças de segurança. O suspeito chegou a visitar familiares e tentava reunir recursos para fugir, mas foi interceptado ainda em Teresina.

De acordo com a investigação preliminar, o homem não possuía antecedentes criminais e mantinha emprego fixo até o dia do crime. A motivação teria sido de caráter passional. Ele foi encontrado com uma das armas, enquanto outras duas estão sendo rastreadas — uma delas já apreendida pelo DHPP e confirmada como utilizada no duplo homicídio.

O delegado destacou que não havia registros de ameaças formais contra Penélope Brito, mas alertou para que mulheres que se sintam em risco procurem os canais de denúncia disponíveis, como o BO Fácil, WhatsApp da Polícia Civil, “Ei, Mermã, Não Se Cale”, além do 190 e da Casa da Mulher Brasileira.

As autoridades ressaltaram que as circunstâncias e qualificadoras do crime ainda estão em apuração, e que somente ao final do inquérito, que deve ser concluído em até dez dias, será definido o enquadramento jurídico.

O governador Rafael Fonteles também se manifestou nas redes sociais, afirmando que recebeu com pesar a notícia dos assassinatos e destacou a rápida atuação das forças de segurança. Já o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o “Baretta”, informou que todos os exames periciais estão sendo reunidos para esclarecer completamente o caso, apontando a separação do casal em março como indicativo de motivação passional e possível feminicídio.