Tráfico de Pessoas é debatido em Teresina
O evento tratou do Tráfico de pessoas e reuniu Poder Publico e a sociedade em geral
Completando os 10 anos da rede “Um Grito pela Vida” aconteceu nesta segunda-feira (4), no Plenarinho da Câmara Municipal de Teresina, uma conferência relacionada ao Tráfico de Pessoas. De acordo com as Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o tráfico de pessoas ocupa a terceira maior atividade criminosa do mundo e a que tem maior velocidade de crescimento entre as organizações criminosas transnacionais.
A realização do evento aconteceu de uma cooperação da Rede Um Grito pela Vida juntamente com a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), por meio da Gerência de Direitos Humanos (GDH), também a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM), Centro da Juventude Santa Cabrini, Coletivo Mulheres Articuladas, Associação das Prostitutas do Estado do Piauí (APROSPI) e a União das Entidades Comunitárias da Zona Sul (UNECOST).
“Essa realidade, muitas vezes, passa despercebida da maioria das pessoas. E, infelizmente, sabemos que a vulnerabilidade social facilita o aliciamento tanto para o trabalho escravo, como para fins sexuais. Então, esse debate surge para colocar o tema em pauta e fortalecer a rede que milita no combate ao tráfico de pessoas, que é considerado pela ONU como o crime mais sério contra os seres humanos”, declarou o secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas, Samuel Silveira.
O evento tratou da questão e seus desenrolamento e reuniu movimentos sociais, membros do poder público, judiciário e a população em geral. A programação expôs a história dos 10 anos da Rede, com a irmã Denise Alves Moura; exploração e tráfico de pessoas na perspectiva dos direitos humanos, com a gerente de direitos humanos da Semcaspi, Deusa Fernandes; exploração de crianças e adolescentes, com a fala do Dr. Carlos Wagner de Araújo, juiz do Trabalho da 22° região; e trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no combate ao tráfico de pessoas, com o Inspetor Juracy Sodré, da Comissão de Direitos Humanos da PRF.
“A exploração e o tráfico de pessoas são uma das formas mais cruéis de violação de direitos. Quando levamos o assunto para um debate público, fazemos com que a população conheça o problema e saiba o que está sendo feito para combatê-lo. O debate entre a sociedade civil e o poder público já leva a um enfrentamento do problema”, afirma a gerente de Direitos Humanos da Semcaspi, Deusa Fernandes.
Rede “Um Grito pela Vida”
A rede é intercongregacional. Constituída por aproximadamente 150 religiosas/os de diversas Regionais e Congregações. a Rede “Um grito pela Vida” atuam nas diversas regiões do país, articuladas em mais de vinte núcleos, integradas com as organizações eclesiais e civis, fomentando, promovendo e/ou participando de atividades e processos de prevenção e assistência e intervenção política, buscando instruir e instrumentalizar a sociedade a fim de coibir o crescimento da inserção de vítimas neste mercado do crime.
Da Redação RPiauí