Vacina contra a gripe protege o coração, diz médico
Todas as pessoas que têm algum tipo de alteração ou doença cardiovascular podem e devem ser vacinadas gratuitamente
O mês de abril, que antecede o início da temporada mais fria do ano, é um período estratégico para a vacinação contra a gripe, que se realiza na rede pública do país. Todas as pessoas que têm algum tipo de alteração ou doença cardiovascular podem e devem ser vacinadas gratuitamente, mesmo não estando nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.
Homens acima de 60 anos, crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes e mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores do segmento de saúde, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e professores de escolas públicas e privadas devem tomar a vacina.
A vacinação contra a gripe é também uma grande aliada do coração. Isso porque a infecção pelo vírus influenza, ao provocar febre, pode alterar a frequência cardíaca, sobrecarregando o bombeamento de sangue pelo coração.
Também há risco de pessoas gripadas contraírem a pneumonia, típico quatro que é capaz de gerar maior complicações em quem já tem problemas cardiovasculares.
Em 2018 a variação da gripe vem sendo associada a casos mais graves da doença. A gripe provocou um surto no Hemisfério Norte, principalmente nos Estados Unidos. O vírus em questão é o H3N2. Este, assim como o H1N1 e o Influenza B, está contemplado na vacina atualizada para 2018 que será provida pela rede pública de saúde.
A vacina da gripe, produzida com vírus mortos, dificilmente apresenta efeitos colaterais. Reações adversas graves são raras. Os benefícios da prevenção, porém, são muitos.
Vale lembrar também que, além dessa imunização, é recomendável tomar a vacina pneumocócica, que combate a bactéria pneucocóco. Ela deve ser administrada em duas doses.
Em caso de dúvida sobre esses imunizantes, procure orientação de um profissional de saúde. Para evitar problemas nos postos de vacinação, vale levar uma receita médica ou qualquer documento que comprove a existência do problema cardiovascular.
Fonte: Dr. Artur Timerman é infectologista, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses
*Reportagem de Helorrany Rodrigues, supervisão Pedro Henrique Santigo