Viaduto da zona Sul de Teresina está em risco por causa de xixi de cachorro
Nove colunas que sustentam o viaduto estão desgastadas devido a urina do animal, que entra no concreto e chega até o aço.
Engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI) constataram que xixi de cachorro vem colocando em risco a estrutura do viaduto na BR-316, próximo ao bairro Promorar, Zona Sul de Teresina. Após análise no loca, o Crea solicitou intervenção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que iniciará os reparos ainda nesta semana.
Ao todo, nove colunas sustentam o viaduto e estão desgastadas, mas uma delas apresenta maior desgaste. Conforme o engenheiro civil Fred Castelo Branco, a urina é uma substância altamente corrosiva, entra no concreto e chega até o aço. A partir do ponto que acontece às rachaduras, o aço não tem mais funcionalidade.
"É algo sério e isso decorre do hábito do animal. O cão tem o comportamento de delimitar território, então se ele passar 10 a 15 vezes no mesmo local, vai sempre urinar para manter o cheiro dele ali. A urina é uma substância altamente corrosiva, imagina isso ao longo do tempo", explicou o engenheiro.
O profissional também explicou que o viaduto ainda não está ameaçado, mas uma ação urgente é necessária para que o problema não agrave. O fluxo na rodovia é intenso, especialmente em horário de pico.
"Inicialmente o Crea fez uma vistoria no viaduto, detectou algumas anomalias e a partir daí nós vamos notificar o Dnit do que a gente observou aqui e saber se tem alguma ação de manutenção do viaduto, qual a previsão de recuperação das estruturas", esclareceu o presidente do Crea Piauí, Ulisses Filho.
O Dnit informou que o viaduto foi vistoriado nesta quinta-feira (11). Os problemas foram constatados e uma empresa foi autorizada a intervir no local nos próximos dias. Será feito o envelopamento nas bases dos pilares, mesmo serviço realizado nas colunas do viaduto do Lourival Parente.
"Como se encontra lá hoje não tem perigo de desabamento ou rompimento da estrutura. Mas nós temos que tomar providência para que evite piorar e ocasionar uma ruptura", disse o superintendente Dnit Piauí, José de Ribamar Bastos.
Com informações de G1