Brasil Por: Redação Rede Piauí Repórter 04 Out 2018 15:39 Rede Piauí de Notícias

CNJ dá 15 dias para Moro explicar divulgação da delação de Palocci

Três parlamentares afirmam, em ação, que decisão do juiz Sérgio Moro é política e tem o objetivo de prejudicar o PT.


O juiz Sérgio Moro tem quinze dias para explicar sobre a divulgação da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci. Determinação foi dada pelo corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Humberto Martins, nesta quinta-feira (4).

A decisão foi tomada a partir de representação apresentada ao CNJ pelos deputados federais do PT Paulo Pimental (RS), Wadih Damous (RS) e Paulo Teixeira (SP), que pediram que o juiz seja punido. De acordo com a ação dos parlamentares, decisão do juiz Sérgio Moro é política e tem o objetivo de prejudicar o PT.

"O depoimento prestado pelo ex-ministro, conquanto seja de interesse público, não deveria ter o seu sigilo liberado e disponibilizado pela imprensa nesse momento de elevada temperatura política, senão com o deliberado propósito de interferir ilicitamente na disputa que se aproxima e onde o Partido dos Trabalhadores, democraticamente, esponta como um dos preferidos da sociedade brasileira", diz a representação.

Após Moro enviar as informações, o ministro Humberto Martins vai decidir sobre o pedido de liminar de afastamento do juiz. O caso corre em sigilo no CNJ.

Os deputados petistas pedem abertura de um procedimento administrativo disciplinar e a punição compatível. A abertura do procedimento só será decidida pelo corregedor após Moro prestar informações.

"A postura do Representado é extremamente grave, colocando em dúvida, como dito, sua imparcialidade, na medida em que se utiliza da posição que conseguiu auferir na sociedade, para interferir de maneira indevida no processo eleitoral, sempre com o viés de prejudicar o Partido dos Trabalhadores e suas candidaturas", diz a representação.

Sérgio MoroCNJ dá 15 dias para Moro explicar divulgação da delação de Palocci (Foto: reprodução/internet)



Deixe seu comentário: