Estudantes quebram vidro de ônibus em manifestação
Um motorista de ônibus ameaçou jogar o veículo contra os manifestantes
Na noite de hoje, 04, estudantes se reuniram em frente à um shopping, na avenida Raul Lopes, localizado na zona leste, para manifestar contra o aumento das passagens do transporte público.
O ato contou com estudantes secundáristas ligados à sindicatos e organizações que representam os direitos dos estudantes. A manifestação fez com que um congestionamento rapidamente se formasse e a avenida Raul Lopes e ruas que interligam com ela, criasse uma longa fila de veículos.
Segundo o estudante da UFPI, Emerson Araújo, afirma que o ato aconteceu porque estava prevista uma reunião entre STRANS, SETUT e estudantes na sede da Superintendência de Trânsito, mas a reunião aconteceu na sede da Secretaria Municipal da Juventude, sem a participação dos estudantes."A lei exige que a reunião aconteça dentro da STRANS, porém ocorreu fora da instituição. Aconteceu dentro da Secretária de Juventude", explica o estudante.
O ato seguia tranquilo até seu final, quando o motorista da linha ameaçou jogar o ônibus contra os manifestantes/Crédito: Fábio Silva
Já no fim do ato, os manifestantes paralisaram ônibus e exigiram que os motoristas abrissem as portas traseiras para que os passageiros entrassem. O motorista da linha Parque do Brasil/Shopping não permitiu e ameaçou colocar o ônibus contra os manifestantes, que por sua vez quebraram o vidro dianteiro do coletivo.
A Polícia Militar e o Strans estiveram no local para fazer a segurança dos passageiros e garantir o direito de protesto dos estudantes. Segundo a coronel Júlia Beatriz, coordenadora de Gerenciamento de crise da PM, afirmou que fazia o acompanhamento pacifíco do ato e dar a garantia de segurança. " A gente tá aqui para garantir que o ato aconteça de forma pacífica. Não tinha porque se exautar agora", pontuou a coronel.
Para o comerciante ítalo Rick, a manifestação poderia acontecer de forma diferente, pois o ato de quebrar ônibus fez com que o trânsito atrasasse a ida do trabalhador para casa. "Eu acho que a melhor forma de manifestar não é essa. O fato de quebrar o ônibus não faz com que se consiga os direitos que se buscam", opina o trabalhador.
Segundo os manifestantes, outros atos pacíficos devem acontecer antes do retorno do ano letivo das escolas e das universidades.
Crédito: Fábio Silva - Rede Piauí de Notícias
Crédito: Fábio Silva - Rede Piauí de Notícias
Reportagem de Thiago Andrade sob supervisão de Pedro Henrique Snatiago