Política Por: Redação Rede Piauí Repórter 27 Abr 2018 12:04 Rede Piauí de Notícias

Fábio Novo defende nomes de Margarete Coelho e Regina Sousa em composição de chapa majoritária

Deputado falou ainda sobre PT, Lula e Palocci


O deputado Fábio Novo (PT) visitou a Rede Piauí de Notícias nesta quinta-feira (26) e concedeu entrevista sobre várias questões relacionadas ao mandato enquanto secretário de Cultura do governador Wellington Dias, às bandeiras que levanta, à composição da chapa majoritária para governo, ao partido do qual faz parte, às denúncias envolvendo o ex-presidente Lula, eleição proporcional e delações.

fabio novo
Deputado Fábio Novo (Foto: Rede Piauí de Notícias)

Sobre o seu retorno ao mandato de deputado estadual, Fábio Novo destacou que vai levar para a Assembleia Legislativa do Piauí as bandeiras que sempre levantou, voltadas para segmentos da sociedade considerados marginalizados. "As minhas bandeiras sempre foram bandeiras voltadas para mulheres, para minorias, voltadas para extratos sociais que, historicamente, sempre tiveram menos oportunidade por parte das políticas públicas de governo, então nós vamos ter um olhar bem especial para esses segmentos, não deixando de discutir as mensagens que venham do Executivo, do Legislativo e do Judiciário", disse.

O deputado também defendeu a participação de mulheres na composição da chapa, nos cargos eletivos e de direção partidária. "A minha posição é ideológica: eu sempre defendi a tese de que a chapa deve ser composta por mulheres. Eu fui o primeiro presidente do partido, enquanto diretório estadual, a aprovar que as mulheres deveriam ser, no mínimo, 50% dos cargos de direção partidária. Hoje, dos 11 membros da Executiva do PT, 6 são mulheres. Dos 45 membros do diretório, 24 são mulheres", defendeu o deputado lembrando que o Brasil tem mais de 16 mil cargos eletivos, ocupados por apenas 8% das mulheres.

Ainda sobre a composição da chapa majoritária, Fábio Novo defendeu o nome da atual vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho (Progressistas) para ser candidata a vice do governador Wellington Dias. "Margarete é um excelente nome. Você tem uma pesquisa realizada pelo Amostragem em que quase metade dos que foram entrevistados diz que o perfil para alguém ser candidato é não estar envolvido com escândalos de corrupção. Ora, nem Margarete nem a senadora Regina Sousa são investigadas ou respondem a qualquer denúncia, então elas estão habilitadas a seguir na chapa", defendeu ele.

Fábio Novo defendeu também que o Partido dos Trabalhadores lance uma chapa pura para evitar que a sigla cometa os mesmos erros do passado. "A composição tem que ser boa para todos os partidos e não apenas para A ou B. Na eleição passada o PT fez votos suficientes para eleger 5 deputados estaduais, mas a coligação prejudicou porque se o partido tivesse saído só, teria mantido as suas 5 cadeiras. Então, a conta que vamos fazer é uma conta que seja boa para o PT. A minha posição hoje é de cada vez mais se trabalhar a chapa pura. Nós precisamos compreender que a partir de 2020 a legislação não vai mais permitir que partidos se coliguem para disputar eleição. Por isso, penso que a partir deste pleito os partidos já devem fazer o exercício da chapa pura”, opinou Fábio Novo.

Sobre a delação do ex-ministro dos governos Lula e Dilma e ex-companheiro de partido, Antônio Palloci, o deputado foi enfático ao criticar o delator e o que considera como “montagens” para prejudicar a imagem do partido e de Lula. “Eu não acredito em delator. O delator é alguém que já está preso e que tenta a todo custo o benefício de ter a pena diminuída no caso de fazer uma delação. Sempre que aparece algo que venha pra beneficiar o ex-presidente Lula, no dia seguinte vai aparecer alguém fazendo ou tentando fazer uma delação que o incrimine. Tudo isso me parece coisas que são montadas por quem não tem qualquer credibilidade”, criticou o deputado ao se referir à decisão da Justiça de tirar das mãos do juiz Sérgio Moro a denúncia de que Lula seria o real proprietário de um sítio em Atibaia.

Reportagem de Ryan Andrade, supervisão de Pedro Henrique Santiago




Deixe seu comentário: