Governo pede adiantamento de R$ 72 mi à empresa Águas de Teresina
Os recursos pagos pela empresa serão usados, principalmente, em investimentos na área de saneamento
A empresa Águas de Teresina, ganhadora do processo de licitação para subconcessão dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, informou que liberou, na última terça-feira (21), R$ 72,1 milhões relacionadas ao termino da outorga pelo direito adquirido. O pagamento estava previsto para ocorrer em julho de 2018.
Segundo o presidente da concessionária, Ítalo Joffily, o adiantamento de sete parcelas foi uma solicitação do Governo do Estado. “O governo solicitou para gente analisar a possibilidade de adiantar esse pagamento. Tínhamos o dinheiro em caixa, condição de pagamento, um bom contrato, uma relação estável com o estado [...] Então, pegamos R$ 72 milhões e pagamos”, afirmou.
Ítalo Joffily, presidente da Águas de Teresina Foto: Moura Alves / O DiaÍtalo Joffily disse também que a empresa, que trabalha desde julho, já investiu aproximadamente R$ 212 milhões em 135 dias, no total os valores de outorga e investimentos. “Em tão curto espaço de tempo, eu ouso a pensar que nós sejamos o maior evento financeiro de investimento do Estado”, declarou.
O presidente do Instituto de Águas, Francisco Costa, pontuou que os recursos pagos pela empresa serão usados, principalmente, em investimentos na área de saneamento no interior e reestruturação da Agespisa. A Secretaria de Fazendo também confirmou que os recursos serão usados de acordo com o contrato, sendo que a maior parcela é destinada para o Programa de Demissão Voluntária da Agespisa (PVD).
Segundo Francisco Costa, a empresa tem realizados as obras antes do prazo determinado no cronograma e, por esse motivo, o governo tem trabalhado para manter o contrato vigente, visto que, segundo ele, as obras executadas pelo governo tem “uma tradição de atraso”.
O presidente do Instituto de Águas, Francisco Costa Foto: Moura Alves / O DIA
Ao longo do contrato de concessão, com duração de 30 anos, a Águas de Teresina terá que investir R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 650 milhões já nos primeiros cinco anos de operação.