Greve dos caminhoneiros deixa prejuízo de bilhões
Os aeroportos também tiveram prejuízos com o registro de mais de 270 voos cancelados.
A paralisação dos caminhoneiros que teve início na segunda-feira da última semana (21/05) deixou alguns prejuízos; alguns caminhoneiros já retornaram às atividades, mas em alguns lugares do país as paralisações continuam.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) calculou em até 10 bilhões de reais os impactos para a cadeia produtiva de pecuária de corte. Das 109 plantas de produção de carne do país, 107 pararam, e as duas que funcionam operam com menos de 50% da capacidade.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) calculou um prejuízo de 2,9 bilhões de reais com obras paradas por falta de concreto e divulgou uma nota para pedir que outros setores não parem. "Não é hora para movimentos oportunistas. Novas paralisações, neste momento, são inaceitáveis. Cada um precisa assumir a sua parte de responsabilidade para superar essa situação. A prioridade deve ser o reabastecimento imediato e aceleração da discussão sobre os problemas estruturais do país, tais como revisão do papel da Petrobras, revisão tributária, reavaliação da matriz de transporte e investimento em infraestrutura", diz a nota.
O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) estimou em 32,5 bilhões de reais o impacto total dos nove dias da crise dos combustíveis para a economia nacional. A ausência de atividade econômica durante esses dias teria resultado na perda de 4,7 bilhões de reais em arrecadação de impostos para a União e para as administrações estaduais e municipais.
Os aeroportos também tiveram prejuízos com o registro de mais de 270 voos cancelados durante a semana de paralisação dos caminhoneiros, conforme registro da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR).