Levantamento do Sebrae revela perfil do microempreendedor individual
82% dos MEI afirmaram que a vida melhorou ao se tornarem microempreendedores.
Um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou o perfil dos Microempreendedores Individuais (MEI). De acordo com a pesquisa, 77% nunca fez capacitação em finanças, 50% registram os gastos em papel e 44% aceitam cartão como forma de pagamento. Os empreendedores autônomos faturam até R% 81 mil por ano, mas preferem registrar os gastos da empresa em papel e ainda vendem fiado, mas quase metade já aceita o uso do cartão de crédito.
A pesquisa, que ouviu 1000 pessoas entre os dias 14 e 26 de abril, revelou também que pouco mais de 50% dos pequenos empresários estão satisfeitos com seus rendimentos atuais.
Os dados também revelaram que 66% dos entrevistados conseguem manter os pagamentos de todos os custos da empresa em dia. Enquanto que 34% enfrentam dificuldades financeiras. O percentual de empreendedores que guardam diariamente comprovante de seus gastos foi de 60%. Outros 48% não fazem previsão de gastos e 39% não registram todas as receitas para fazer o controle das entradas de dinheiro. E 34% não costumam acompanhar o saldo de caixa ou conferem no máximo uma vez por mês.
Outra característica revelada pela pesquisa está no costume de apurar e consultar na hora de efetuar compras. A cada 10 empreendedores, oito fazem cotação de preços. Além disso, 70% costumam pedir descontos na hora de comprar algum produto ou contratar serviços.
Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae, considera que o MEI é um herói solitário. “Mesmo sem o preparo adequado, se esforça para quitar as contas, pagar fornecedores e ainda consegue equilibrar o comando da empresa, o cuidado com o cliente e fechar o mês com resultados favoráveis ao negócio”, analisou o presidente.
A pesquisa do Sebrae também apurou a percepção dos empreendedores como MEI. Para 67% dos empresários, trabalhar como MEI ajudou a enfrentar a crise financeira e 82% afirmaram que a vida melhorou ao se tornarem microempreendedores.