Ministério da Saúde e Sesapi analisam água e merenda servidas em escola de Corrente
As reações dos alunos ao medicamente de combate à verminoses pode ter relação com a água e a merenda
O Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informaram que irão analisar a água e a merenda escolar da Escola Municipal Justina Freita de Souza, na cidade de Corrente, 843 km ao Sul de Teresina. Na quarta-feira (4), 26 alunos tiveram reações ao albenzadol, medicação de combate a verminoses, usada em uma campanha nacional. As reações, segundo os órgãos, podem estar relacionadas a uma combinação do remédio com a água ou alimentos ingeridos.
Escola Municipal Justina Freita de Souza, em Corrente, onde alunos passaram mal após ingestão de medicamento. (Foto: Sesapi)
O supervisor estadual do programa de verminoses, Mauro Barbosa, explicou que o medicamento albendazol, amplamente usado no combate a verminoses, é seguro e o mesmo lote foi usado em campanhas anteriores. Ele garantiu que o produto está dentro do prazo de validade. A reação pode ter relação com algo que os jovens comeram. O Ministério da Saúde informou que os sintomas apresentados (dor de cabeça, náuseas e coceira) estão previstos na bula do medicamento como possíveis reações adversas.
“Todo medicamento pode apresentar reações, algum efeito colateral, mas nesse caso pode ser alguma combinação com outra coisa ingerida. Esse remédio especificamente tem seus efeitos potencializados quando a pessoa ingere alimentos muito gordurosos ou bastante ricos em carboidratos”, explicou Mauro.
Ele disse que, para confirmar a suspeita, uma equipe coordenada por ele vai à cidade no próximo domingo (8). Ao todo, 40 alunos receberam atendimento no Hospital Regional Dr João Cavalcanti, mas apenas 26 tiveram reações ao medicamento. Os alunos que ontem ingeriram a medicação têm idades entre 4 e 14 anos, mas apenas alunos com mais de 12 anos reagiram ao medicamento. Todos, segundo a Sesapi, já estão em casa sem reações.
O Ministério da Saúde recomendou a retomada da Campanha Nacional de Hanseníase e Geo-helmintíases, mas Mauro destacou que ela continua suspensa desde ontem na cidade até que se descubra o que aconteceu.
Fonte: G1 Piauí