"Não trairemos os caminhoneiros. Não vamos encerrar o movimento tão cedo", diz presidente da Abcam
O líder do movimento afirma ainda que mesmo após o anúncio, os caminhoneiros estão resistentes, o movimento ainda se mantém e vai solicitar uma conversa com membros do Governo Federal
Na tarde desta sexta-feira (25), após o anúncio do presidente da República Michel Temer de que as tropas federais estão determinadas a retomar as rodovias federais, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes, afimou que o movimento não vai acabar e que adotarão novas estratégias a partir da próxima segunda-feira (28).
Em entrevista, o líder da associação afirmou que não concorda com o acordo estabelecido entre outras entidades que representam o movimento e o Governo Federal. "A Abcam repudia o acordo realizado ontem entre Governo Federal e as outras entidades. Abcam tem representação legitíma dada pela categoria de transportadores autônomos do país, com cerca de 600 mil caminhoneiros filiados em todo o território nacional. Ao contrário de outras entidades que se dizem representantes da categoria, a Abcam não trairá os caminhoneiros. Vamos sim montar uma estratégia para que na segunda a gente possa conseguir aquilo que está nos incomodando e o povo brasileiro", disse o representante.
Crédito: Agência EBC
O líder do movimento afirmou ainda que mesmo após o anúncio, os caminhoneiros estão resistentes, que o movimento ainda se mantém e vai solicitar uma conversa com membros do Governo Federal. “Ninguém está querendo sair [da paralisação]. Eu vou tentar uma manifestação para resolver mas eu tenho que ter uma conversa com o governo federal”, acrescentou o sindicalista.
No encontro de ontem (24), o representante da Abcam deixou a reunião antes do término e do acerto, onde das 11 entidades que representam o setor de transporte, 9 assinaram um acordo, que em contrapartida a Petrobras firmou um acordo de manter no próximos 30 dias o preço reduzido do óleo diesel nas refinarias .