Geral Por: Victória Ribeiro Repórter 09 Jan 2018 15:04 Rede Piauí de Notícias

Pai denuncia apodrecimento de corpo do seu filho no IML

A situação dos corpos do IML é precária, isso porque os cadáveres estão no chão, cobertos apenas com plástico


Um morador de rua, que também era usuário de drogas foi assassinado a golpes de faca na ultima quinta-feira (04), o pai da vítima, que recebeu a noticia nesta segunda-feira (08) se deslocou de Santa Inês, no Maranhão para Teresina com o intuito de levar o corpo de seu filho para ser velado em cidade, o que não será possível pois o corpo de seu filho esta em um estado precário.

Em entrevista à TV Meio Norte, o pai desabafou sobre a situação. “A situação que se encontra ali é triste e não tem a menor condição de levar. Eu estou aqui com o rapaz da funerária, iria mandar fazer os laudos necessários para embalsamar e levar. O rapaz se encontra aqui e nós trouxemos o caixão para levar o corpo para velar, mas quando é na hora de levar a situação está desse jeito”, explicou.

IML

A situação dos corpos do IML é precária, isso porque os cadáveres estão no chão, cobertos apenas com plástico, e por não estarem nas geladeiras, o processo de apodrecimento é acelerado e o já se pode sentir mau-cheiro no local.

Segundo a reportagem o local está com os corpos enfileirados e próximos a muita sujeira no local. O mau-cheiro é tão forte, que os familiares não suportam muito tempo no local.

“É a pior sensação que podemos ter, porque nem um animal quando morre na casa da gente, nós não deixamos como deixaram meu parente ali jogado no chão, em estado de putrefação”, disse um dos familiares. A família da vítima já não sabe o que fazer, pois o corpo já está em estado total de decomposição.

André Bioni, que é diretor do IML explicou na entrevista a TV Meio Norte sobre o caso. “Em primeiro lugar, nós já conversamos com a família inicialmente. Eu quero aqui colocar nossa tristeza e realmente lamento por esse fato ter acontecido. Na verdade, era esperado. A família, com razão, esperava que esse cadáver tivesse sido armazenado em uma das nossas geladeiras e por um motivo que ainda estamos apurando, esse cadáver não foi colocado na geladeira. Por conta disso ele entrou no processo natural de decomposição”, explicou o diretor.

Explica ainda que o caso não é comum no IML. “Os corpos que chegam, passados aqui no nosso ambiente, no clima e na temperatura que nós temos, em aproximadamente 24h o corpo começa a apresentar sinais de decomposição. Com 48h ou 72h, o corpo já está em franca decomposição”.

O diretor garantiu que a situação será apurada “Ouvi parte dos servidores, dos funcionários. Porque foi toda uma cadeia de erros: a pessoa guardou, mas não no dia seguinte. Eu não gostaria de estar aqui a público atribuindo a esse ou aquele a culpa, já que foi exaustivamente apurado, ouvido. Mas certamente haverá um processo administrativo”, finalizou ele.

GELADEIRAS PARADAS

Na ultima semana, a nossa equipe de reportagem entrou em contato com Presidente do Sindicato dos Peritos do Piauí, Raimundo Andrade, sobre uma denuncia em que eles apresentavam que as geladeiras do IML haviam sofrido pene, e menos da metade estavam funcionando.

Segundo ele, esse problema tem relação também com a carência no fornecimento de energia da Eletrobrás. “Havia um problema no fornecimento de energia, porque o gerador da região não era adequado para a demanda energética necessário para funcionar os equipamentos. O diretor da Pericia cientifica andou fazendo gestão junto a Eletrobrás, mas não sei se já conseguiram trocar esse gerador”, explicou.

A nossa equipe tentou entrar em contato com a Eletrobrás, mas não obteve resposta.




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