Profissionais do comércio, transportes e escolas suspendem atividades em Teresina
Circula na capital apenas 30% da frota dos ônibus.
Em todo o país, trabalhadores do setor de transporte, comerciantes e professores aderiram à greve geral contra o projeto de reforma da Previdência nesta sexta-feira (14). Motoristas, cobradores e demais categorias ligadas ao ramo do transporte do Piauí aprovaram a adesão em assembleia, de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Profissionais do comércio, transportes e escolas suspendem atividades em Teresina.
Em Teresina, os trabalhadores do transporte estão de braços cruzados desde as 07h30 e só devem retomar as atividades por volta do meio dia. Circula na capital apenas 30% da frota dos ônibus, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários de Teresina (Sintetro).
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) divulgou, na quinta-feira (13), nota sobre a greve dos professores da rede estadual de ensino, deflagrada a partir da zero hora desta sexta-feira (14);
Em sua nota, a Seduc informa que o Piauí já paga aos professores do Estado valor acima do piso nacional do magistério. O salário-base inicial de um professor de nível I é de R$ 2.910,33. O piso nacional definido pelo Ministério da Educação para o ano de 2019 é de R$ 2.557,74.
Piso
A Seduc informa que manter os vencimentos acima do piso nacional é parte da política do governo do Estado de valorização dos professores. Os reajustes proporcionados à categoria, de 2015 a 2019, totalizam um ganho salarial de 30,9%.
“O Governo do Piauí sempre esteve e continua aberto ao diálogo com a categoria, com total transparência, e em harmonia e respeito às imposições legais”, declara a Seduc.
LRF
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o Estado está legalmente impossibilitado de reajustar os salários de quaisquer categorias profissionais em decorrência dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para gastos com pessoal.
“A prioridade, neste momento, é garantir o pagamento em dia dos salários de todos os servidores públicos estaduais. Oito unidades da federação já declararam calamidade financeira, suspenderam a execução de serviços públicos e estão com os pagamentos dos salários dos servidores atrasados”, acrescenta.
Calendário
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, diz a nota, não medirá esforços para garantir a execução do calendário letivo, fazendo com que os 200 dias obrigatórios, exigidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), sejam cumpridos.
Para isso, a Seduc fará monitoramento diário da rede e, as aulas comprometidas em decorrência da paralisação, deverão ser repostas.
Indicadores
“Uma greve prejudica toda a sociedade, em especial os alunos. O Governo do Estado espera que a categoria se sensibilize e entenda a impossibilidade, neste momento, de aplicar o reajuste. É importante manter a rede funcionando para que os indicadores da educação continuem positivos”, afirma a nota da Secretaria Estadual de Educação.
Com informações de Meio Norte.