Sindicato dos Peritos teme interdição do IML pelo MP
Presidente do SindPeritos denuncia péssimas condições de funcionamento e vê necessidade de novo concurso
Depois de verificar vários problemas durante vistoria realizada no último dia 21 de março, o Ministério Público Estadual e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) irão solicitar a interdição do Instituto Médico Legal de Teresina, caso não seja proposto um Plano de Trabalho até o dia 6 de abril.
Entre os problemas detectados estão infiltrações no prédio, péssimas condições dos equipamentos e cerca de 30 cadáveres que ainda devem ser sepultados. O Governo do Estado deve apresentar um plano para resolver as ações emergenciais e apresentar outras propostas de reestruturação que podem ser realizadas em médio prazo.
Os promotores também constataram a necessidade de expansão do Instituto, visto que o Piauí tem 224 municípios e conta atualmente apenas com uma estrutura em Teresina e um posto avançado em Parnaíba.
O Governo do Estado deve apresentar um plano para resolver as ações emergenciais. (Foto:TV verdes campos)
A Redação do Rede Piauí de notícias ouviu o Sindicato dos Peritos Criminais (SindPeritos) que durante muito tempo vem denunciando as condições precárias do IML e do Instituto de Criminalística. De acordo com o Presidente do Sindicato dos Peritos oficiais do Piauí, Jorge Andrade, o sindicato não deseja a interdição do Instituto, mas quer que o mesmo funcione da forma devida, com todas as condições de atendimento considerando os critérios mínimos científicos e tecnológicos que a demanda necessita. Os diretores do sindicato estiveram por várias vezes solicitando ao poder público medidas para resolver os problemas da falta de estrutura e investimentos em equipamentos, ampliação do prédio e carência de pessoal, contudo não foram atendidos.
Ainda segundo Jorge Andrade, as geladeiras estão em péssimo estado de funcionamento e no espaço para apenas um cadáver estão sendo colocados dois ou três. O diretor também vê a necessidade de novo concurso para a perícia criminal, pois o Estado tem um baixo número de peritos e médicos legistas.
‘’Quando a população recorre ao IML, muitas vezes em momentos de dor com a perda de um parente, encontra um atendimento muito precário. Não por causa dos servidores que estão lá (pelo contrário, são os que fazem aquilo funcionar), mas pela falta de investimentos em infraestrutura’’, finalizou Jorge Andrade.