Polícia Por: Redação Rede Piauí Repórter 03 Mai 2018 17:08 Rede Piauí de Notícias

Família de Camilla Abreu denuncia lentidão no processo de expulsão do capitão da PM

Em março deste ano, o pedido feito pela defesa de Alisson Watson, para que fosse autorizado processo de investigação sobre a sua sanidade mental foi negado


A advogada da família da universitária Camilla Abreu, encontrada morta no dia 31 de outubro de 2017, fez um desabafo nas redes sociais.  Na postagem, Ravenna Castro conta que “o processo de expulsão do capitão Watson está engavetado no (Palácio de) Karnak. Eles não querem expulsar ele. Querem botar na reserva remunerada”. 


O capitão da Polícia Militar, Alisson Watson, é acusado de matar a estudante. Na época, eles tinham um relacionamento amoroso. O corpo da estudante foi localizado no povoado Mucuim, na zona rural sudeste de Teresina. O capitão levou a polícia até o local.  Ele aguarda o julgamento pelo Tribunal Popular do Júri.  A jovem desapareceu no dia 26 de outubro e só foi encontrada cinco dias depois. 

O pai de Camila, Jean Carlos, também fez um desabafo e disse que “em nenhum momento vai desistir de buscar por justiça”. Ele disse que já foi à Procuradoria-Geral do Estado e a resposta foi de que existem duas possibilidades sobre o futuro do capitão na corporação: a expulsão ou a reserva remunerada.

“O processo já foi finalizado na PGE e enviado ao Karnak para decisão do governador (Wellington Dias). Eu não sei essa demora, não entendo o motivo, quem está segurando esse processo. Estão empurrando essa decisão, mas eu não desisto. Estou lutando por justiça e contra a impunidade, que quase todo dia vejo. Eu sei que Camilla não volta mais, mas estou lutando para que outras famílias não vivam isso”.   

jovem e namorado
Foto:Acervo pessoal/Credito:CidadeVerde

Em março deste ano, o pedido feito pela defesa de Alisson Watson, para que fosse autorizado processo de investigação sobre a sua sanidade mental, foi negado pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal Popular do Juri, Carlos Amilton Bezerra. 

O policial, que confessou matar a namorada, foi reprovado em teste psicotécnico da PM. Ele foi aprovado no concurso da PM em 2006, mas só conseguiu ingressar na corporação dois anos após a aprovação, mediante determinação judicial.

Andamento do processo 

A Coordenadoria de Comunicação do Estado informou que o processo relacionado à expulsão do capitão Alisson Watson está com a Assessoria Jurídica do Palácio de Karnak e, após parecer, será encaminhado para o governador do estado, Wellington Dias, decidir ou não pela expulsão do policial. O envio do parecer da assessoria para o governador está previsto esta semana. Decidido, o posicionamento do governador será enviado ao Tribunal de Justiça do Piauí, que homologará ou não a decisão. 

Welligton Oliveira




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