Juiz rejeita ação do PSDB contra Wellington Dias por propaganda no twitter
O juiz disse que não é possível afirmar, categoricamente, o conhecimento das publicações pelo candidato e coligação representados.
O juiz da propaganda eleitoral considerou o governador Wellington Dias inocente da acusação de ter pago influenciadores digitais em propaganda feita no twitter.
A polêmica teve início após uma série de influenciadores digitais comentarem o governo de Wellington Dias de forma positiva no dia 26 de agosto. Diversas pessoas começaram a estranhar que perfis do Sudeste do Brasil estavam comentando o governo do Piauí. Uma das pessoas contratadas para a propaganda eleitoral acabou denunciando o esquema.
A denúncia partiu da influenciador Paula Holanda (@pppholanda no twitter). De acordo com Paula Holanda, uma agência entrou em contato com ela para que fizesse postagens diariamente sobre pautas de esquerda. "O combinado foi manter sigilo sobre a ação. Mas o combinado também foi que a ação seria de esquerda, não uma ação partidária", relatou ela. "Eu comecei a ficar desconfiada pois as duas primeiras pautas eram sobre petistas. Minha desconfiança explodiu hoje, na terceira pauta, sobre o governador petista do piauí Wellington Dias", afirmou.
Na época, a assessoria do governador divulgou nota garantindo que não contratou e não tem ligação com a empresa. "Sobre a repercussão do nome do governador Wellington Dias nas redes sociais, em especial no Twitter, é importante esclarecer que esta não é uma atividade organizada pela campanha. O que se observa pelos comentários nas redes sociais e nos prints que circulam é que este é um movimento nacional, que simpatiza com a esquerda e com o Partido dos Trabalhadores. O governador Wellington foi incluído de alguma forma por fazer parte deste contexto", diz a nota.
O juiz Geraldo Magela Meneses indeferiu liminar da coligação Piauí de Verdade (PSDB/DEM/PSB), encabeçada pelo candidato ao governo Luciano Nunes, que pediu a aplicação de multa ao governador Wellington Dias por suposta contratação de propaganda irregular na internet.
O juiz disse que não é possível afirmar, categoricamente, o conhecimento das publicações pelo candidato e coligação representados. "Mormente pelo fato dos prints indicarem que os elogios foram dirigidos também a outros candidatos da sigla de diferentes Estados do Brasil", afirmou em sua decisão.
Magela negou ainda o pedido de notificação das empresas que envolvidas no caso, como Agência Lajoy, Follow Análises Estratégias e Beconnected tecnologia ltda. "Descabível a expedição da ordem, mormente porque tais afirmações foram refutadas na defesa", declarou o juiz.