Geral Por: Victória Ribeiro Repórter 28 Nov 2017 12:18 Rede Piauí de Notícias

Julgamento de irmãos por homofobia e apologia ao nazismo acontece em 2018

Após depoimento das testemunhas de defesa, a audiência foi suspensa


Aconteceu nesta segunda-feira (27) a primeira audiência do caso que julga os irmãos Lucas Veríssimo e Dijael Veríssimo, após suspeita de publicarem nas redes sociais uma foto de Marinalva Santos, coordenadora do grupo Matizes, com um texto em que afirmava que a mesma seria morta por que defendia a causa LGBT. Marinalva ainda sofreu ameaças no ano de 2014 por meio de suas redes sociais.

Marinalva Matizes
 Marinalva Santos, coordenadora do grupo Matizes (Reprodução: Internet)

É investigada também a suspeita de uma “Irmandade Homofóbica”, em que se acredita que se baseia em um grupo que defende a morte dos homossexuais. Essa denúncia baseia-se nas apurações do inquérito policial instaurado na Delegacia de Combate às Condutas Discriminatórias.

O suspeito Lucas Veríssimo, negou qualquer participação ou posições homofóbicas, e se diz todas as acusações contra eles são falsas. “Eu compartilhei a imagem apenas para pedir informações sobre aquilo, sobre quem era aquela pessoa ameaçada”, disse Lucas.

O representante do Ministério Público na ação, o promotor Assuero Stevenson falou sobre o caso. “A gente fica surpreso. “Basta um mínimo de conhecimento histórico para repudiar qualquer apologia a nazismo, fascismo, a qualquer coisa que se relacione com o preconceito”, concluiu.

Após depoimento das testemunhas de defesa, a audiência foi suspensa, e remarcada para o dia 28 de março de 2018.

ENTENDA O CASO

O caso iniciou discussão quando, em fevereiro de 2014, foi encontrado nas proximidades de um salão de beleza, localizado no bairro Primavera, um bilhete com o desenho de uma suástica e uma frase que dizia "Morte aos Homossexuais - IMHO - Afilie-se". No bilhete ainda continha um número de telefone para quem estivesse interessado.

A apuração do caso pela Delegacia de Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias, foi requerida pelo Grupo Matizes, e o delegado então tomou a decisão de indiciar somente os dois irmãos, Lucas e Dijael Veríssimo, que foram denunciados pelo pelo Ministério Público Estadual do Piauí.




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