Piauí Por: Olimpio Bisneto Repórter 21 Mar 2018 10:48 Rede Piauí de Notícias

Serviço para vítima de violência sexual está atrasado, revela Revista Piauí

Segundo o cronograma do programa as obras eram para ser sido concluídas em dezembro de 2016


Uma publicação da agência de checagem Lupa mostrou que o atual prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), quando disputou a reeleição em 2016, prometeu em seu programa de governo o Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual em um hospital da periferia da capital. Segundo o cronograma, a obra deveria ter sido entregue a população em dezembro daquele ano, antes da segunda posse do prefeito.

Em 2014, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), por sua vez, se comprometeu a criar um programa de capacitação de mulheres. Três anos e meio depois e a ideia ainda não saiu do papel.

No mês de março, em que celebra o Dia Internacional da Mulher, a Lupa voltou às promessas feitas nos períodos de campanhas eleitorais de 2014 e 2016 para ver o andamento. A investigação é da série Sobre Elas e o resultado da análise foi:

“Implantar o Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual do município de Teresina, no Hospital do Promorar”, 17ª página do programa de governo do atual prefeito.

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A entrevista não teve esclarecimentos ainda da prefeitura (Divulgação/Internet)

De acordo com o Ministério Público Estadual do Piauí (MP-PI), o serviço não foi implantado. Elaborado pela Fundação Hospitalar de Teresina com data de vigência em dezembro de 2016, no mandato anterior de Firmino Filho, mas não foi cumprido.

Em 2017, o MP-PI entrou com duas ações na Justiça a respeito do tema. Em julho, o promotor Eny Marcos Vieira Pontes apresentou uma recomendação para o serviço, que teria que ser disponibilizado em 60 dias.

Em novembro, o promotor ingressou com uma ação civil pública, em que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) foi responsabilizada pela ausência do serviço na capital. Na ação, Eny Marcos solicitou liminarmente que o serviço fosse disponibilizado em 90 dias. A Justiça do Piauí negou o pedido liminar.

A implementação desse serviço vem sido pauta desde 2013. A reportagem procurou a prefeitura de Teresina para esclarecimentos, mas não obteve retorno até a publicação desta checagem.




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